Hoje quero trazer uma provocação para nós, mulheres.
Onde estão aquelas que serão candidatas em 2026?
Ou melhor: quem serão as mulheres que vão se lançar ao pleito eleitoral?
Em 2026 iremos escolher deputadas estaduais, federais, senadoras, governadoras, vice-governadoras e até mesmo a presidenta do Brasil. Os bastidores da política já estão fervendo, os partidos se movimentam, estratégias são redesenhadas e acordos começam a se firmar para fortalecer as candidaturas.
Mas eu pergunto: onde estão as mulheres que concorrerão a esses cargos?
E você, eleitora, eleitor, consegue citar de pronto o nome de uma possível candidata?
Provavelmente não. Porque a visibilidade, mais uma vez, é deles.
As mulheres, quando aparecem, geralmente se movem de forma silenciosa, quase discreta, desviando do front dominado pelos homens. E por que isso acontece? Porque ainda são eles que ditam as regras, comandam os partidos e decidem o destino das candidaturas. A nós, mulheres, restam os pequenos espaços — aqueles que precisamos disputar com todas as forças só para garantir a manutenção de uma candidatura.
Muitas vezes, para que uma mulher consiga espaço, precisa do “aval” de um homem. Se ela não tem mandato, se não ocupa um cargo de liderança, o partido dificilmente investirá em sua candidatura. E aí, quase sempre, acontece o mesmo roteiro: lembram dela de última hora, em 2026, apenas para “completar” a chapa eleitoral.
Então, deixo aqui minha pergunta para você, mulher:
Quem é você nas eleições de 2026?
Protagonista da sua própria candidatura? Ou coadjuvante de um partido político que só a reconhece como número?
A hora é agora. Sim, já lance o seu nome! Movimente suas redes sociais, aproxime-se de políticos com mandato, escolha seu partido e diga em bom e firme tom de voz:
“Eu quero ser candidata em 2026!”.
Faça seus acordos, construa suas negociações, trace seus caminhos e vá. Não fique parada apenas observando os homens: ocupe o espaço que é seu por direito.