Lista de tarefas infinita, dez abas abertas no computador e o WhatsApp a apitar sem parar. Você começa o dia correndo e termina exausta, com a sensação de que “apagou incêndios” o dia todo, mas não deu um passo sequer em direção ao que realmente importa. Se identifica?
Bem-vinda à armadilha de “estar ocupada”. Nós, empreendedoras, fomos ensinadas a glorificar a exaustão. Nos fizeram acreditar que uma agenda lotada é sinônimo de sucesso, quando, na verdade, é muitas vezes um sintoma de falta de direção estratégica.
O problema é que gerimos a nossa agenda como uma lista de tarefas, quando deveríamos geri-la como um portfólio de projetos.
Tarefas são o operacional: responder DMs, embalar produtos, pagar contas, fazer a entrega, elas mantêm o negócio funcionando hoje. Projetos são o estratégico: criar um novo produto, planejar o marketing do próximo mês, procurar uma parceria que vai abrir portas, eles fazem o negócio crescer amanhã.
A sua agenda precisa de ter espaço para os dois. Mas adivinhe qual deles é sempre engolido pela urgência do dia a dia?
A virada de chave é entender que você tem dois papéis: a Técnica (a bombeira, que faz) e a DONA (a arquiteta, que planeja). A sua agenda precisa de ter espaço para as duas, mas a DONA tem de mandar.
Quer uma ação prática para começar hoje? Pegue na sua agenda e bloqueie duas horas na próxima semana. Chame esse bloco de “Reunião de Empresária”. Nestas duas horas, é proibido ser “Técnica”, é proibido apagar incêndios. O seu único trabalho é olhar para os seus números, planejar o seu próximo projeto e tomar uma única decisão que faça o seu negócio crescer.
Uma agenda estratégica não é sobre fazer mais coisas, é sobre fazer as coisas certas. O seu negócio não cresce quando você está 100% dentro dele, apagando incêndios. Ele cresce quando você reserva tempo para trabalhar nele, desenhando o futuro.



