O Prêmio Nobel da Paz 2025, concedido a Marina Corina Machado, é mais do que um reconhecimento individual — é um gesto político que reafirma o valor da resistência feminina diante da opressão e a urgência de proteger a democracia e os direitos humanos em tempos de retrocesso.
Este Nobel tem um significado profundo: reconhece uma mulher que não se calou e amplifica a voz de milhões de cidadãos que resistem. É uma lembrança poderosa de que a paz verdadeira não nasce do silêncio imposto, mas da coragem cívica, da solidariedade internacional e da liderança feminina que insiste em transformar dor em dignidade.
Quem é Marina Corina Machado e o que ela representa para nós mulheres na pauta de luta pelos Direitos políticos, democráticos e igualdade de gênero?
Corina, como é chamada por quem acompanha sua trajetória, simboliza uma geração de mulheres que se recusam a recuar diante da injustiça.
Engenheira, ex-deputada e fundadora de movimentos de monitoramento eleitoral, ela transformou a dor coletiva do povo venezuelano em ação política e esperança.
Mesmo impedida de concorrer às eleições e submetida à perseguição, permaneceu em seu país, organizando e inspirando um movimento que exige eleições livres e responsabilização pelos abusos de poder.
Por essas razões históricas e de luta, esse prêmio nos convida à reflexão. Celebrar Corina não é isentar debates ou complexidades. É reconhecer que a democracia se constrói no confronto de ideias, na escuta e na coerência entre liberdade política e justiça social.
Corina é uma mulher de posições firmes, e sua trajetória nos desafia a pensar a resistência não como unanimidade, mas como um campo vivo de diálogo e transformação.
E esse é o poder transformador da mulher nos espaços políticos e de decisão.
No recorte de gênero, o Nobel evidencia o quanto as mulheres ainda são exceção entre os premiados, reflexo das barreiras históricas que as afastaram dos espaços de decisão. Cada mulher reconhecida é um farol que ilumina o caminho de tantas outras — mostrando que liderar, propor e resistir são também formas de cuidar e reconstruir o mundo, e este momento é inspirador e desafiador.
O reconhecimento de Corina com o Nobel da Paz, é um chamado à mobilização global. Que possamos transformar a admiração em compromisso, e o simbolismo em política viva — porque a paz duradoura só será possível quando todas as mulheres tiverem liberdade real de agir, representar e transformar.
Corina nos inspira a não desistir diante dos nossos desafios e barreiras, e sim, focar nos nossos propósitos!
