O aumento nos casos de ansiedade, depressão e esgotamento emocional entre mulheres tem chamado a atenção de especialistas em saúde mental. Dados recentes apontam que essa tendência é mais acentuada entre aquelas que acumulam múltiplas funções no dia a dia, como trabalho, cuidados com a família e responsabilidades domésticas.
Diante desse cenário, novas abordagens têm sido desenvolvidas para atender de forma mais específica as demandas desse público. Uma dessas propostas é conduzida pela médica anestesiologista Ana Paula Marchezi, que possui pós-graduação em Psiquiatria. A profissional estruturou um modelo de atendimento voltado exclusivamente para mulheres, com foco na saúde emocional. Uma abordagem que vai além do tratamento dos sintomas e propõe uma reconexão profunda com a própria mente e com a vida.
A metodologia integra práticas baseadas em evidências científicas, recursos modernos e estratégias que consideram as necessidades individuais de cada paciente. Segundo a médica, o objetivo é oferecer um cuidado que vá além do alívio dos sintomas, atuando também nas causas emocionais dos transtornos. O programa é direcionado a mulheres que vivem sob pressão constante, como mães, empreendedoras, líderes e profissionais multitarefas. A proposta atua na raiz emocional dos problemas, inclui acolhimento especializado e o uso, quando necessário, de ferramentas clínicas seguras, respeitando os protocolos científicos atuais.
“Acredito que saúde mental não é apenas tratar transtornos, mas cuidar da mente antes que ela adoeça. Quero oferecer caminhos para mulheres que sentem que precisam ser fortes o tempo todo, mas não querem mais se sentir sozinhas nisso. Nosso foco é reconexão, orientação e, quando indicado, métodos inovadores com segurança e respaldo médico”, explica Dra. Ana Paula Marchezi.
Um dos principais diferenciais do trabalho da médica está na combinação entre terapias com eficácia comprovada e o uso criterioso de recursos inovadores, como a cetamina, substância reconhecida internacionalmente no tratamento de casos de depressão e ansiedade resistentes. Segundo a profissional, tudo é realizado com avaliação médica individualizada e rigor técnico, garantindo segurança e responsabilidade em cada etapa do processo.
Mais do que um protocolo clínico, o projeto se configura como um movimento de transformação emocional voltado para mulheres. A proposta vai além do ambiente do consultório e se expande por meio de redes sociais, eventos, rodas de conversa e conteúdos que promovem uma nova forma de enxergar a saúde mental: com profundidade, mas também com leveza, acolhimento e senso de pertencimento.
“Sim, escolhi começar falando com mulheres porque essa também é a minha história. Eu sei o que é carregar o mundo nas costas e esquecer de olhar para dentro.
Quero criar um espaço de acolhimento e reconexão, onde a saúde mental seja um caminho possível para quem sempre cuidou de tudo, mas agora decide cuidar de si”, completa Dra. Ana.